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Manejo integrado de Erinnyis ello na cultura da mandioca

A mandioca é cultivada em 80 países, dentre os quais o Brasil é o terceiro maior produtor e encontra-se em crescente expansão. Por ser uma planta rústica, adapta-se aos mais diferentes solos e climas. No Brasil, a mandioca é cultivada em todas as regiões, para as mais diferentes finalidades. A região Sul e Centro-Oeste destacam-se pela alta produtividade alcançada. A média mundial está em torno de 12 t/ha, enquanto no Brasil a média é de 16 t/ha, com potencial estimado de obter produtividade de até 80 t/ha. Vários fatores podem contribuir para a redução da produtividade de mandioca. A capacidade genética da planta, o solo, as plantas daninhas, agentes patogênicos e os insetos pragas. Erinnyis ello (L) mandarová-da-mandioca destaca-se como praga desfolhadora que ocasiona perdas diretas e indiretas, pela redução da área foliar, dificultando a fotossíntese. A tomada de decisão para o controle do mandarová-da-mandioca consiste no monitoramento dos adultos com armadilha luminosa, bem como de ovos e de lagartas por meio de inspeção visual. Neste boletim, apresentamos uma proposta para o controle de E. ello em plantios comerciais de mandioca com ênfase em controle biológico Manejo diferenciado do mandarována cultura da mandioca Erinnyis ello (Lepidoptera: Sphingidae) é uma praga desfolhadora com alta capacidade de consumo foliar na fase larval. Para completar seu ciclo, consome entre 10 e 12 folhas desenvolvidas, podendo chegar a 100% de desfolha da planta, causando grandes perdas na produção de raízes de mandioca. Dependendo da porcentagem do desfolha ocasionada por E. ello, há redução da concentração de amido nas raízes de mandioca. O ciclo biológico completo de ovo-adulto de E. ello varia com as condições climáticas. Uma fêmea pode viver até 19 dias e depositar 1.850 ovos, sendo que 70% são ovipositados nos primeiros sete dias (Fig. 1). Existem vários métodos para controle de E. ello, dentre os mais utilizados, o controle biológico com bactérias e vírus entomopatogênicos (Fig. 1). O controle químico vem sendo mais adotado, por causar maior mortalidade de lagartas em menor período de tempo (Fig. 1). A fase adulta de E. ello pode ser monitorada por meio da utilização de armadilha luminosa, quando se detecta o início da infestação (Fig. 1). Fig. 2. Ações de manejo com base nas diferentes fases de desenvolvimento de Erinnyis ello (Lepidoptera: Sphingidae). Opção 1: fazer o controle de E. ello na fase de ovo com parasitoides. Opção 2: fazer o controle biológico de E. ello com Baculovirus erinnyis e Bacillus thuringiensis até o terceiro instar de desenvolvimento ou até 3 cm de comprimento das lagartas. Opção 3: fazer o controle de E. ello com produtos químicos, a partir do quarto instar de desenvolvimento ou após 4 cm de comprimento das lagartas.Com a amostragem é possível contabilizar a presença dos inimigos naturais T. pretiosum e Ooencyrtus submetallicus (Hymenoptera: Encytidae) controlando naturalmente os ovos de E. ello. Sempre priorizar o melhor método de controle, seja convencional ou alternativo (Fig. 1 e 2).Detectada a presença dos adultos, devem ser realizadas amostragens dos ovos e das lagartas nos diferentes instares: primeiro instar – lagarta de até 1 cm de comprimento; segundo instar, até 2 cm de comprimento; terceiro instar, até 3 cm de comprimento; quarto instar, a lagarta mede entre 4 cm chegando atingir 9 cm de comprimento; passando ao quinto instar, medindo aproximadamente 10 cm de comprimento, mas podendo atingir 12 cm de comprimento no último instar, quando passa para fase de pré pupa (Fig. 2).. RECOMENDAÇÕES DE MANEJO DE Erinnyis ello (LEPIDOPTERA: SPHINGIDAE) A partir de 20 adultos coletados na armadilha luminosa, e de 0,5 ovos por planta, deve-se fazer a liberação de T. pretiosum (Figs. 1, 2 e 3), sendo o controle na fase de ovo uma prioridade. Realizar amostragens após três dias de liberação para detectar a porcentagem de controle/ou parasitismo. Os três primeiros instares larvais causam pouca desfolha. Nesta idade de desenvolvimento, com lagartas de até 3 cm de comprimento, utilizar Baculovirus erinnyis ou Bacillus thuringiensis (Fig. 1 e 2). O consumo foliar aumenta no quarto e quinto instar, sendo 94% da área foliar. Elas consomem cerca de 12 folhas desenvolvidas. O quarto instar é o que mais consome, por isso deve-se utilizar o controle químico para uma rápida redução populacional. (Fig. 1 e 2). Para o controle de E. ello na fase de lagarta, encontram-se registradas três marcas comerciais de produtos biológicos: Bac-Control WP, Dipel WP e Thuricide WP com o ingrediente ativo Bacillus thuringiensis 32g/kg que age por ingestão. Seis marcas comerciais de inseticidas contendo cinco ingredientes ativos, pertencentes aos grupo dos pieretróides, benzoiluréias e fosforados. São elas: Cipermetrina Nortox 250 EC (i.a. cipermetrina), que age por contato e ingestão; Bulldock 125 SC (i.a. beta-ciflutrina), de contato e ingestão com rápido efeito inicial e ação residual prolongada; Kaiso 250 CS (i.a. lambda-cialotrina) de contato e ingestão com rápido efeito inicial e ação residual prolongada. Mustang 350 EC (i.a zeta-cipermetrina) de contato e ingestão; Curyom 550 CE (i.a., lufenurom), que é um inseticida do grupo químico das benzoiluréias, inseticida fisiológico que age por ingestão e contato; e o grupo químico dos organofosforados (i.a. profenofós), que age por contato e ingestão com rápido efeito inicial e ação residual prolongada; Axor 550 EC, que representa uma mistura de fosforado e benzoiluréia (profenofós + lufenurom). Assim, o Axor age por contato e ingestão. Todos estes ingredientes ativos estão registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária para uso na cultura da mandioca. Controle biológico com Trichogramma pretiosum Linhagem MS1 Alvo: Erinnyis ello Tipo de aplicação: Liberação Dose: 36.000 a 54.000 adultos/ha de T. pretiosum Momento da liberação: 1 a 3 liberações espaçadas de 5 a 10 dias. O nível de ação para a primeira liberação de T. pretiosum deve ser feita quando capturar entre 20 e 30 adultos de E. ello na armadilha luminosa/noite, e encontrar em média 0,5 ovos de E. ello por planta de mandioca (Fig. 3). Fig. 3. A. Painel fotovoltaico para o carregamento da bateria; B. Armadinha luminosa modelo Luiz de Queiroz instalada em lavoura de mandioca para o monitoramento dos adultos de E. ello; C. adultos de E. ellocoletados em uma noite na armadinha luminosa. As liberações devem proceder da seguinte maneiraAcima de 0,5 ovos por planta, liberar 54.000 adultos/ha. As liberações de T. pretiosum estão condicionadas ao monitoramento, à captura dos adultos e à presença dos ovos de E. ello em campo (Fig. 2). Liberar a densidade de 36.000 adultos de T. pretiosum/ha em 10 pontos (Fig. 4 – A). Liberar 54.000 adultos de T. pretiosum /ha em 15 …

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Spodoptera Frugiperda

EFICIÊNCIA DE MÉTODOS DE CONTROLE NA SUPRESSÃO DASpodoptera frugiperda (SMITH) NA CULTURA DO MILHOJailma Rodrigues dos Santos1, Ana Gabriela de Freitas Maia1, Andreza Ferreira da Costa1, Mauricio Sekiguchi de Godoy2, Raimundo Ivan Remígio Silva3.RESUMO: A adoção do manejo integrado de praga é uma estratégia fundamental para controle da lagarta-do-cartucho Spodoptera frugiperda Smith, envolvendo táticas de controle biológico e consorciamento de culturas. Objetivou-se com o trabalho avaliar técnicas de controle da lagarta-do-cartucho alternativas aos inseticidas químicos. O experimento foi conduzido a campo em Limoeiro do Norte/CE, com milho híbrido Agroceres em consórcio com feijão “paulistinha”. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, sendo quatro tratamentos (TI = metomil + triflumurom; TII = bactéria Bacillus thuringiensis; TIII = solução matrine + extratos phyto-medicinais e TIV = aplicação de água – estemunha), com quatro repetições. Analisou-se postura e grau de dano, ocasionados pela S. frugiperda nas folhas de plantas de milho, e presença de seus inimigos naturais. Verificou-se que o nível de postura da praga nas folhas foi relativamente baixo, com maior porcentagem no TI (3,33%). De uma forma geral, as notas do grau de dano nas folhas de milho antes das aplicações dos tratamentos eram de 0,650, 1,400, 0,700 e 1,163, progredindo para 2,763, 4,013, 4,300 e 4,050, para o TI, TII, TIII e TIV, respectivamente. A presença dos predadores, das famílias Coccinellidae e Chrysopidae, da lagarta-do-cartucho foram frequentes, com maior percentual no TIII (16,85%) e menor no TI (5,42%). Os tratamentos com inseticidas (metomil +triflumurom) e B. thuringiensis foram os mais eficazes no controle da lagarta-do-cartucho, porém a solução matrine + extratos phyto-medicinais, comparado a estes, apresentou-se menos tóxico aos inimigos naturais da praga.Palavras-chave: Controle químico e biológico. Grau de dano. Lagarta militar. Zea mays. Para mais informações acesse o PDF.

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